quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A Rede Social


A Rede Social de David Fincher (Zodíaco) explica a história da fundação do Facebook. A criação do maior site de relacionamentos que gerou muitos processos para seu fundador Mark Zuckerberg.
Lançado em 4 de fevereiro de 2004 e já possui mais de 500 milhões de usuários pelo mundo.
Mas antes de chegar a esse patamar, o Facebook enfrentou uma guerra que envolvia dinheiro, vaidades e pretenções adolescentes, ou seja, nada profissional.

Um nerd que após levar um fora da namorada, resolve se vingar através de um blog. Após ver que daria certo e a empolgação tomar conta, resolve criar um site que comparava as garotas do campus de sua Faculdade.
David Fincher apresenta um belo retrato do que representa a Web 2.0, conseguindo aprofundar e plantar a ideia de que as coisas são muito mais poderosas quando ganham como cenário a Web. Nesse caso, a 2.0. Figuras como família, autoridades e empresas de marketing são deixadas em segundo plano, essas últimas ganham maior importância do meio para o fim, mas o objetivo não era esse.

Jesse Eisemberg é o próprio Mark Zuckerberg. Desafio! Um prêmio para quem assistir ao filme e decifrar o que passa na cabeça do personagem! Pasmem, pois uma coisa é certa, não é dinheiro! Até Justin Timberlake cumpriu bem seu papel como o ambicioso Sean Parker (criador do Napster), que soube aproveitar a oportunidade que a vida deu.

Com atuações ótimas, uma direção impecável e uma bela fotografia da realidade, A Rede Social consegue o status de ser um dos melhores filmes do gênero, senão o melhor. Vai concorrer a estatueta, e porque não, com chances de ganhá-la.

Recomendado para quem "curte" o Facebook e outras "n" coisas da grande rede que só servem para tirar nosso tempo, mas que antes disso, já enriqueceram muita gente.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os Melhores Filmes de 2010

O ano de 2011 está chegando e 2010 está indo embora, porém não podemos negar que foi um ano maravilhoso para a indústria cinematográfica.Tivemos grandes estreias na telona e grandes faturamentos graças à tecnologia 3D. Tivemos também algumas decepções, mas em um balanço geral, pode-se dizer que o cinema teve mais acertos do que erros.
Listei a seguir os melhores filmes de 2010 segundo minha avaliação pessoal e críticas de parceiros. Preferi não separar por gêneros, mas em uma escala de 1 a 5 em ordem decrescente.

5 -  Amor à Distância

Sem dúvida foi a melhor comédia romântica do ano. Depos de me decepcionar com algumas outros planos fracassados como "Idas e Vindas do Amor" eis que surge um grande trabalho.

Amor à Distância (Going the Distance) foca na história de Erin (Drew Barrymore), uma jornalista estagiária de um jornal de Nova York e que se apaixona pelo recém-solteiro Garrett (Justin Long). Eles passam a noite juntos, depois de algumas cervejas. Sem eles perceberem tornou-se um amor de verão. Mas depois de algumas semanas juntos, Erin acaba tendo que voltar para sua cidade natal, São Francisco. Garrett, que mora e trabalha em Nova York, acha que o relacionamento de ambos não deve acabar, sendo assim eles resolvem começar um relacionamento sério, mesmo que a distância. Porém eles moram em cidade opostas no mapa. Seria isso um problema?

Histórias simples e humor na medida certa dão o tom dessa ótima comédia romântica.


4 - Onde Vivem os Monstros

O clássico livro de Maurice Sendak, 'Onde Vivem os Monstros', é um conto para todas as gerações, com direção do inovador cineasta Spike Jonze. Onde Vivem os Monstros segue as aventuras de Max, um garoto travesso que é mandado de castigo para seu quarto depois de desobedecer a mãe. Porém, a imaginação de Max vai além, e logo o transporta para um reino até então desconhecido. Encantado, Max parte para a terra dos Monstros Selvagens, onde as travessuras são regras.

A ternura e a crueldade são pontos chaves do filme. O filme não se adequa muito às crianças pequenas, mas com certeza tocará o coração dos adultos.
Onde Vivem os Monstros é sobre a infância, mas não necessariamente para crianças. Para nós, adultos, é um prato cheio para liberarmos esses monstros internos que nos perseguem e que quase sempre não sabemos lidar. O filme mais belo de 2010!


3 - Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1

Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 acompanha o bruxo Harry (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) em busca das horcruxes para destruí-las, a fim de acabar com os poderes de Voldemort (Ralph Fiennes), que dominara o mundo dos bruxos, desde a morte do bruxo Dumbledore.

É o mais introspectivo filme da série e também para fã nenhum botar defeito, pois detalha o livro até demais.
Ótimos cenários, ótima fotografia, ótimos efeitos e uma ótima sonoplastia faz desse filme sem dúvida um dos melhores de 2010.

2 - Toy Story 3

Como ja contei, não tenho Toy Story 1 e 2 na lista de meus filmes preferidos e nem dos "mais ou menos". E por isso tive receio quanto à terceira parte. Porém me enganei (que bom).

Nesta terceira parte, Andy já tem dezessete anos e vai para a faculdade. Por um acidente, seus brinquedos são doados para uma creche. Assim, o caubói Woody terá que convencer a todos de que aquilo foi um engano e fará de tudo para que eles voltem para o seu dono verdadeiro, por mais que isso lhes custe uma vida guardados em uma caixa no porão.

O filme trata questões da infância e sentimentos de adultos com uma forma impecável. Sequências espetaculares e ação bem amarrada ditam o ritmo acelerado, fazendo rir e às vezes até chorar, numa obra grandiosa e de qualidade inquestionável. 

Tem tudo para levar o Óscar de melhor animação.


1 - A Origem


É o filme do ano! E Cris Nolan o diretor da década!

Dom Cobb (Leonardo DiCaprio) comanda uma equipe que invade os sonhos das pessoas para roubar segredos do incosciente que possam ser utilizados por empresas concorrentes.
Um poderoso empresário (Ken Watanabe) procura o serviço de Dom para propor algo diferente: que ele implante uma ideia no cérebro do herdeiro de outra companhia
O roteiro tem o cuidado de explicar bem o que é 'real' do que é 'imaginário', e basta o espectador ter atenção para acompanhar a trama sem maiores problemas. Mas sempre terá um ou outro que não vai entender o filme. Conselho: Assista novamente.

O filme nos permite ver, rever uma dezena de vezes sem cansar. E vale a pena!


domingo, 26 de dezembro de 2010

Jogos Mortais - O Final

Sinopse: Após sobreviver a uma das armadilhas de Jigsaw, Bobby escreveu seu próprio livro de auto-ajuda sobre sua experiência. Jill, viúva de Jigsaw, está fugindo de Hoffman e pede proteção policial, pois decide entregá-lo à polícia.
  

O "último" longa da série veio com uma novidade, o 3D, que nada acrescenta. E foi apenas um pretexto para arrecadar mais dinheiro.
Pode-se dizer que sou um admirador dos filmes Jogos Mortais, porém a franquia perdeu sua identidade a partir do quarto filme. E o que foi trabalhado para causar espanto torna-se irritante. E os porquês da matança deixam de ter sentido. Poderíamos chamar de magnífico caso encerrasse a franquia no terceiro filme.

Os fãs que certamente assistiram ou assistirão ao filme percebem facilmente onde estão os furos do roteiro e quando mais uma reiravolta, que já era esperada, vai acontecer.
Até quando Tobim Bell (Jigsaw) vai assinar contrato para fazer papel de morto e revelar um novo ajudante?

Esse último filme anuncia o final da franquia em seu nome, porém o desfecho não indica tal fato. Será que após 7 anos ainda teremos mais do mesmo? E quem for ao cinema conferir, não gastem dinheiro com o 3D, assistam em 2D que já está de bom tamanho.

domingo, 24 de outubro de 2010

Comer, Rezar, Amar


Baseado na autobiografia de Elizabeth Gilbert, Comer, Rezar e Amar cumpriu às expectativas de faturamento nas bilheterias norteamericanas. Isso se deu porque a parcela feminina foi em peso ao cinema conferir o longa.

O filme apresenta uma fotografia impecável, um elenco competente e uma Julia Roberts que nunca decepcionou e não seria agora que o faria. Porém, possui um roteiro nada dinâmico, detalhista demais e muito, mas muito cansativo.

Como ja informei, o livro é uma autobiografia, portanto criticar os pensamentos da personagem seria criticar a autora? Talvez.
A verdade é que a personagem possui crises existenciais "sérias" em seu mundo imaginário e as vezes passa a impressão de que o filme conta a tragetória de vida de uma menina de 18 anos e nunca de uma mulher madura.

Uma mulher bem sucedida financeiramente, casada com um marido que a ama e sem filhos. Mas sente-se incompleta. Então resolve "crescer internamente" e decide passar um ano viajando pelo mundo. O filme mostra a Itália como poucos enxergam, mostra a Índia como muitos enxergam e mostra Bali que ninguem conhece.

Resultado: Belas paisagens, um pouco de sono e algumas coisas aprendidas. A personagem cresceu viajando, mas mesmo que não viajasse e parasse para pensar iria perceber que os "problemas" não eram tão grandes e muitas coisas não passavam de exagero.

O filme é cansativo, mas consegue divertir em alguns momentos. Recomendado para quem gosta da magnífica atriz Julia Roberts e só.

sábado, 25 de setembro de 2010

Resident Evil - Recomeço

A franquia cinematográfica "Resident Evil", em minha opinião, ja atingiu o seu limite quando se trata de desagradar os fãns dos games.

Analisando Resident Evil - Recomeço como filme (vamos esquecer dos games por um instante) pode-se dizer que a quarta edição recuperou o carisma perdido com o fraquíssimo terceiro filme.


O primeiro filme (encarando com visão cinematográfica) foi o melhor. Melhor figurino, melhor maquiagem, melhor roteiro, melhor direção, melhor edição, melhor fotografia. O filme, em minha humilde opinião pecava apenas em um "detalhe": Personagens fracos. Foi nos apresentada uma protagonista que não existe nos jogos, um vilão que não existe nos jogos e um bando de amigos (aliados) da protagonista que... adivinhem... não existem nos jogos. Mas, nosso digníssimo diretor Paul Anderson soube se virar e fazer um bom filme.


O segundo filme, digamos que trocou o gênero. De terror, tivemos uma mudança drástica para ação. E a tal protagonista (aquela que não existe nos games) estava lá. Firme e forte (mais forte do que nunca, diga-se de passagem). O filme trouxe a tão esperada aparição da musa dos jogadores Jill Valentine e o maior vilão do jogo Nêmesis. Sendo assim, o filme trouxe de volta os fãns desapontados. Mas como nem tudo são flores, o filme peca no roteiro.

O terceiro filme posso dizer que deu medo. Não pelos monstros ou pelas cenas de suspense ou terror, mas pela precariedade do conteúdo apresentado. O jogo mais uma vez ficou de lado e o roteiro tinha mais buracos e pontas soltas inexplicáveis. Mais do que toda a tecnologia Matrix (que não estava presente nem de longe no filme). Trouxe uma também tão esperada Claire Redfield, mas em tais circunstancias, era melhor não ter trazido. Foi horrível.

Neste Recomeço (palavra esta que ficou apenas no nome) tentou resgatar algumas coisas esquecidas lá no primeiro filme. O clima tenso foi uma delas, mesmo que, em doses mínimas. O roteiro ainda com buracos, mas um pouco melhorado comparando com os dois anteriores e desta vez, a tecnologia Matrix está por toda a parte. E o 3D funciona muito bem.

O filme apresenta Cris Redfield. Mas o ator Wentworth Miller não se esforça muito para dar carisma ao seu personagem. Trouxe uma Claire (Ali Larter) amadurecida e pronta para mais uns 10 filmes da franquia se tiver. E uma Alice (aquela protagonista) totalmente a vontade em seu papel (que não existe) e Milla Jovovich dá um show.
Novamente o filme não agrada os fãns dos jogos, mas podemos dizer que evoluiu muito em termos de filme e não decepciona. Porém fica o anseio para que alguém tome uma decisão de reiniciar a franquia e ser um pouco mais fiel aos games. Mas de acordo com o final do filme, ainda teremos "mais do mesmo" (me desculpem o spoiller).